quinta-feira, 19 de maio de 2011

Património religioso da Paróquia e Freguesia de São Pedro de Aradas

   Propõe-se com este trabalho contribuir para o inventário do acervo artístico existente nas igrejas da Paróquia de São Pedro de Aradas[1], alargando e promovendo a sua divulgação, tornando-o não só acessível à comunidade científica, mas a um leque mais vasto de destinatários, esperando que a este nível, o presente, possa ajudar a consciencializar a sua protecção.

   A Paróquia de São Pedro de Aradas e sua Igreja Matriz conta hoje com cerca de 1040 anos[2] de antiguidade no que respeita a referências documentais. Embora o nosso trabalho não pretenda um estudo na longa duração da vivência Paroquial, intentar-se-á esboçar para cada um dos espaços religiosos uma amostragem do seu património (o desaparecido e o sobrevivente), formulando-se a linha da história que organizou e moldou o espaço que hoje corresponde à Paróquia e Freguesia de Aradas.

   Esta publicação é, também, o iniciar de um olhar mais profundo sobre o património artístico à guarda das 101 paróquias da Diocese de Aveiro, onde o primeiro passo à sua salvaguarda será a sistematização de acções de inventário, a aplicação de processos de catalogação e sua subsequente monitorização. Acreditando que quem não sabe o que tem não sabe o que pode fazer, esta amostragem, que constitui o conjunto seleccionado de objectos de culto e lugares de memória religiosa de Aradas, tem como principal propósito a sua preservação. Não se protege aquilo que não se conhece.

   Constatou-se, no período de pesquisa e recolha de informação, que muito se perdeu e muito se transformou nas igrejas públicas e privadas da Paróquia de Aradas.

   Verificou-se que, nas Paróquias limítrofes do Arciprestado de Aveiro, populações que conheceram um grande incremento de espaços edificados e desenvolvimento viário, o património (o edificado, artístico, natural, documental, industrial, arqueológico) tem sido o menos protegido. A dinâmica de uma comunidade, a instabilidade dos seus representantes, que tomavam a seu cargo a administração económica e gestão da capela local, a ingerência de vários interesses e poderes, ocasionaram não raramente num passado recente uma má gestão do património dito comunitário. O mesmo acontece com o património privado local, quintas com Igreja ou oratório, que, sendo propriedade de determinada família, transmitido por herança, pecúlios que passam inevitavelmente pelas vicissitudes de processos de partilhas de bens ou alienados para suprir as dificuldades económicas das mesmas, ocasionando, em muitos dos casos vistos, a destruição de todo o espólio a ela associado quer do imóvel, quer do recheio, quer da documentação.

   Embora o inventário que realizámos não tenha contemplado o património religioso de carácter privado, porque não afecto à Diocese de Aveiro, este património religioso foi considerado de grande interesse para o presente estudo pelo que faremos referência geral das suas múltiplas e mais importantes existências no espaço Paroquial de Aradas.

   Considera-se que as Juntas de Freguesia e as comissões paroquiais têm um papel fundamental no actuar como travão de eventuais destruições de património, daí considerarmos ser urgente levar a cabo acções que permitam a recolha de um arquivo fotográfico mais alargado ou mesmo de dar a possibilidade de realização de publicações com conhecimentos, saberes e memórias de autores locais. É preciso estudar para conhecer e transmitir para educar.

1. Aradas – as origens e espaço administrativo

   A Freguesia de São Pedro de Aradas, circunvizinha da cidade de Aveiro, compreende hoje os lugares de Aradas, Verdemilho, Bonsucesso e Quinta do Picado. O lugar de Aradas confina a norte com a freguesia da Glória, que com a freguesia da Vera Cruz formam a cidade de Aveiro. Continua pelo limite sul da freguesia de São Bernardo, seguindo-se pela parte nascente, o lugar da Quinta do Picado delimitado pela freguesia de Oliveirinha do Vouga. A sul, o lugar do Bonsucesso confina com a freguesia de Ílhavo, assim como o lugar de Verdemilho, a poente, junto ao canal da Ria de Aveiro. Assemelha-se a uma península ladeada por dois cursos de água que desaguam na Ria, com brando relevo de terras fragosas bem providas de nascentes de água, que a acção do povoamento e cultivo da terra transformou em importante reduto agrícola.

   O curso de água a norte passa no Vale das Aradas encontrando um outro mais pequeno, a sul, que passa a meio da freguesia. Embora hoje muito assoreado e ocupado pela estrada de ligação a Águeda e à A1, a estrada N. 235, foi outrora caudaloso e ocupado por diversas azenhas e oficinas de olaria[3], descendo desde o lugar da Cabreira e desaguando na Ria, perto da actual Universidade de Aveiro, na Lagoa do Paraíso. A junção destas duas linhas de água faz-se perto da actual Quinta da Boa Vista, no Esteiro de São Pedro, descendo o curso mais pequeno desde o lugar do Buragal pelo Vale do Braga.

   O curso de água a sul desce pelo Vale do Marona, desde o lugar do Carregueiro, delimitando o lugar do Bonsucesso do concelho de Ílhavo, e desagua a sul de Verdemilho na Ria de Aveiro, no denominado Esteiro ou Cais do Eirô. Neste, ainda se podem observar alguns edifícios de azenhas, hoje desactivadas.

  Embora na administração eclesiástica, a Paróquia de Aradas tenha abrangido desde sempre estes quatro lugares (cinco lugares, se considerarmos o lugar de Aradas dividido em Aradas de Cima e Aradas de Baixo)[4]até 1834, os lugares de Verdemilho, Bonsucesso e Quinta do Picado na jurisdição civil e concelhia, pertenciam ao Concelho de Ílhavo, sendo a freguesia constituída apenas pela Vila e lugar de Aradas, com Câmara própria.

   Desde o século XVI até ao século XIX foi de jurisdição régia e dos Frades do Convento de Santo Agostinho da Serra, como será referido.

   Em Março de 1131 d.C., João Mendes (Ioanes Medis) faz testamento em vida, pedindo para ser sepultado no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra[5], ao qual lega a sua Vila de nome Arada (Heerada) situada junta a Aveiro e que tem como administrador seu genro Gonçalo Gonçalves (Gunsaluo Gonsalues).[6]

   Intentando organizar o espaço que compreendia estes casais de Aradas, uniformizando e validando as relações de senhorio com os respectivos habitantes, o Mosteiro de Santa Cruz passa carta de foral a Aradas cinquenta anos depois, em Agosto de 1181 d.C., tendo entretanto recebido de D. Afonso Henriques, em 1166 d.C., mais meio casal em Verdemilho (Villa de Milio)[7] .

   A carta de foral dada pelo Prior Crúzio[8] estabelece desta forma o primeiro documento oficial de regulação administrativa com obrigações que, para a época, eram bastante favoráveis, indiciando e levando-nos a acreditar na existência de muita terra abandonada e na necessidade de oferecer condições passíveis de fixação de novos colonos que promovessem o seu arroteamento.

   Pelo menos, no que respeita ao cultivo de vinha, parece ter havido essa boa resposta dos locais, que, passados sete anos desta primeira carta de foro, em 1188 d.C.7, viram o respectivo foro ser agravado e aumentado da oitava para a sétima parte.

   As duas cartas de foro mostram como Aradas se constituiu num pequeno concelho rural em que os respectivos vizinhos quase não tinham qualquer tipo de autonomia. Estas jurisdições tinham órgãos bastante rudimentares e estavam sujeitos a um peso muito evidente da autoridade senhorial. Este primitivo documento dado por foral contenta-se a regular os aspectos económicos das obrigações entre os foreiros e senhorio, neste casos em cereais, vinho, legumes e linho, ignorando e não abrangendo questões relativas à vida social e enquadramento jurídico da actuação comunitária, o que só mais tarde, 1475, seria colmatado com a jurisdição cível do Couto de Aradas atribuída ao respectivo Mosteiro, e no reinado de D. Manuel com campanha nacional dos chamados "forais novos".

   Confirmando o senhorio da Vila de Arada (Erada) o padre Gonçalo Nogueira (Gonsaluus Nogueyra) e outros interrogados na Inquirição régia de D. Afonso II de 1220, declaram que o padroado da Igreja de São Pedro de Aradas pertence aos frades de Santa Cruz de Coimbra, e afirmam que tanto Aradas de cima como de baixo são do respectivo Mosteiro, ás quais o domínio régio não pode taxar o seu foro. Poderemos apontar esta como a primeira informação paroquial sobre a Vila de Aradas.

   Durante os finais do século XIII e XIV, o Cabido da Sé de Coimbra entrou em litígio com o Mosteiro de Santa Cruz da mesma cidade sobre a jurisdição de várias localidades e direitos referentes a Verdemilho e Aradas

   Em 15 de Abril de 1475 é atribuída ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra sentença sobre a jurisdição cível do couto de Aradas.

   Em 1509 é assinado um contrato de escambo e permutação do Couto das Aradas do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra pelo lugar de Verride e Brunheira do Mosteiro de Grijó, no âmbito da reforma da Ordem, alegando-se o facto de o dito Couto de Aradas estar muito mais perto do Mosteiro de Grijó que o lugar de Verride[9].

   A partir desta data o culto e gestão das dizimarias e propriedades passa para o Mosteiro de Grijó que na sequência da reforma do dito Mosteiro do Salvador de Grijó em 1536, realizada por Frei Brás de Barros, fundará o Mosteiro de Santa Agostinho da Serra de Vila Nova de Gaia, masculino, pertencente aos cónegos Regulares de Santo Agostinho e à Congregação de Santa Cruz de Coimbra.

   O estado de decadência do Mosteiro de Grijó levou Frei Brás a determinar a construção de um novo edifício no monte de São Nicolau, em Vila Nova de Gaia, hoje conhecido por Serra do Pilar, transitando os religiosos da casa reformada com o consentimento de D. João III e autorização do Bispo do porto, D. Frei Baltazar Limpo[10]. A instituição da Congregação de Santa Cruz de Coimbra foi precedida da reforma do Mosteiro de Santa Cruz, cometida por frei Brás e Frei António de Lisboa, em 1527, reforma a que aderiram os priores do Mosteiro de São Vicente de Fora de Lisboa e do Mosteiro de Grijó. Em 1554, juntaram-se-lhes o Mosteiro de São Salvador, mudando a invocação e passando a chamar-se de Santo Agostinho da Serra (serra do Pilar), e o Colégio de Santo Agostinho, situado no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra.

   Estes mosteiros constituíram a Congregação de Santa Cruz de Coimbra, instituída pelo Papa Paulo IV, em 1556. Em 1564, por decisão do Capitulo Geral, determinou-se a cisão da casa em dois mosteiros distintos, o do Porto e o de Grijó, dividindo-se entre os dois as rendas e os bens.

   Deste modo o então denominado Mosteiro do Salvador do Porto, mais tarde de Santo Agostinho da Serra do Pilar, organiza em 1570 um Livro de Tombo[11] com todas as propriedades da sua gestão em Aradas, Verdemilho, Ílhavo e Sá registo precioso para compreensão da localização fundiária deste espaço no século XVI.

   Em 1612, por decisão do capítulo geral de 17 de Maio, o mosteiro de Grijó foi anexado in perpetuum ao Mosteiro de Santo Agostinho da Serra transferindo para ele a apresentação dos curas ou vigários perpétuos das suas Igrejas, incluindo a de São Pedro de Aradas.

   Já no final do século XVIII, em 1770, por breve de Clemente XIV e autorização régia de 6 de Setembro, foi temporariamente extinto, com mais nove mosteiros da congregação e os seus bens foram anexados ao Mosteiro de Mafra, sendo restituído em 1792, pela bula Expositum nobis concedida pelo Papa Pio VI, a instâncias da Rainha D. Maria I, removendo os religiosos de Mafra e restituindo in integrum em 1794 ao estado regular e conventual, com todos os bens, rendimentos, privilégios e padroados de que eram possuidores, ao presente caso, o padroado da Igreja de Aradas.

   A Vigaria da Igreja de Aradas manteve-se na jurisdição dos Cónegos de Santo Agostinho até 1832, altura em que o Convento da Serra do Pilar foi extinto, sendo abandonado pelos religiosos a 10 de Julho. Os bens passaram para posse da Fazenda Nacional e a Igreja de Aradas para padroado Régio, assim como a apresentação de pároco.

   Em 26 de Maio de 1834 realizou-se na Câmara Municipal de Aradas o seu último acto solene, antes da extinção do concelho e da sua incorporação no de Aveiro, com a aclamação da Rainha D. Maria II, que viria a acontecer em 06 de Novembro de 1836[12].

Propriedades e Quintas - Foro, Dízimo e Ração

   Surgem neste território diversas entidades gestoras de e possuidoras de grandes parcelas terreno.

   Tal como refere Inês Amorim[13] no seu completo estudo sobre a Provedoria Aveirense, as marcas de poder sobre a terra passavam por direitos de jurisdição vitalícios e hereditários, ou direitos contemplados pelas cartas de foral, medievais ou Manuelinas, que a Coroa delegava em donatários.

   Terra rica em cultivo e produtos agrícolas, bem provida de fontes de água salubre e beneficiada por fácil acesso à Cale da ria de Aveiro, Aradas tornou-se num território cobiçado em termos económicos para investimento das famílias senhoriais florescentes. A propriedade das terras, muitas vezes geridas por emprazamentos, ia engrossando nas transmissões testamentárias ao filho primogénito e enlaces matrimoniais, criando-se deste modo Morgadios e Quintas de gestão latifundiária, que na maior parte dos casos seriam propriedades de segunda residência deixadas aos cuidados de caseiros e criados. Também, desde o início da expansão dos descobrimentos e durante o séc. XVI, as explorações de pequenos negócios de cerâmica e de moagem de cereais cresceram em vitalidade devido ao incremento de encomendas para um novo mercado colonial, pelo menos até a barra do porto de Aveiro o permitir.[14] Deste modo vemos que, durante o séc. XVI, XVII e inícios de XVIII, as designações nos emprazamentos ou contratos de compra e venda destas propriedades anteriormente consideradas “vales, matos e pinhais” não arroteados se modificam gradualmente para “quintas e casais”, consequência destas benfeitorias que se foram operando e funcionalmente organizando.

   Não só o Mosteiro de Santa Cruz, e por conseguinte os Cónegos de Santo Agostinho da Serra, detinham e geriam várias propriedades. Observámos que nos vários livros de registo e actualização das demarcações dessas propriedades eram notificados outros senhorios que comprovavam, validavam ou contestavam a posse das mesmas.

   No Tombo das Aradas realizado em 1729 pelo Convento de Santo Agostinho aparecem notificados para demarcação e medição das propriedades: D. Francisco de Almada[15], que detinha o senhorio de Verdemilho, assim como Francisco Caetano Cabral Moura e Orta[16] e sua mulher porque possuíam também várias propriedades assim de casais, prazos e oitavarias que pagavam foros e dizimo e rações[17] e outros direitos dominicais ao dito seu Mosteiro, cujas propriedades estão sitas dentro da freguesia.

   Grande parte dos registos utilizados numa busca de outros senhorios do território de Aradas compreende o uso fontes de informação de carácter transmissório de propriedades e de pagamentos de foros, permitindo-nos hoje reconstituir e visualizar o domínio e divisão de cada grande senhorio (aluguer/imposto)[18]. Sabemos também que os livros de pagamento de décimas para finais do séc. XVIII e início de XIX existentes no Arquivo Municipal de Ílhavo nos permitiriam esta identificação, pelo menos para os territórios de Verdemilho, Bonsucesso e Quinta do Picado, arquivo que não nos foi possível consultar.



Senhorio
Lugar
Ano
Fontes
Frades de Santa Cruz / Frades de Santo Agostinho
Aradas/Verdemilho
1431; 1570; 1729
ANTT e AUC, Livros de Santa Cruz de Coimbra, ADPRT, Mosteiro de Santo Agostinho - Tombos
Confrarias
Aradas/Verdemilho
1747
AJFA, Tombo das Confrarias de Aradas
Senhores da Vila de Carvalhais, Ílhavo e Verdemilho
Verdemilho
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Freiras de Jesus
Aradas/Verdemilho
1652; 1701; 1749[19]
AUC, Livros de Tombo do Convento de Jesus de Aveiro
Freiras de Sá
Aradas/Verdemilho/
Bonsucesso/Quinta do Picado
1833
AUC, Fundo do Convento da Madre de Deus de Sá de Aveiro
Freiras Carmelitas

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AUC, Fundo do Convento das Carmelitas de Aveiro
Misericórdia de Aveiro

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ASCMA
Morgado do Buragal
Aradas/Verdemilho
1728
Arquivo Privado da Casa da Granja em Aveiro, documentação editada em Anexo Documental, in NEVES, Amaro, Barbuda e Vasconcelos – Notável poeta épico, 2008,
Morgado de São Silvestre
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Visconde de Valdemuro
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[1] O levantamento de Inventário da Paróquia de Aradas decorreu entre Julho a Dezembro de 2008. Vd. Cálão, Hugo, Relatório do Trabalho de Inventário do Património Artístico da Paróquia de São Pedro de Aradas, Paróquia de Aradas, 2008. (Policopiado); Base de Dados em FileMaker Pro Adv (total de 646 fichas de inventário: Arquitectura 25; Escultura 94; Pintura 7; Cerâmica 60; Ourivesaria 120; Têxteis 171; Metais 121; Mobiliário 47; Instrumentos musicais 1).
[2] A data, a do ano 969 d.C., aparece-nos referida no Inquérito Paroquial de 1734 dada por equívoco para ano de 979 d.C. Vd. Capítulo 2, Igreja Matriz de São Pedro.
[3] Sobre a temática da produção de fabrico de louça de barro (e barro preto) em Aradas consultar, FERNANDES, Isabel Maria, O fabrico de louça preta no Concelho de Aveiro, 2004.
[4] Esta divisão aparece desde o início da denominação de lugares. Vd. O lugar de Aradas aparece dividido igualmente com a designação de Aradas de Aquém e Aradas de Além; AUC, Livro nº 1 dos Autos do Tombo de Aveiro do Real Mosteiro de Jesus, 1749.
[5] Esquisse d’un tableau chronologique (Portugais et Universel) de l’histoire et de l’histoire de l’art, in XXVI. Congrés International d’Histoire de l’Art, 1949.A Igreja de Santa Cruz de Coimbra estava a edificar-se nesta altura, 1131-1150 d.C.
[6] Doc.1 – Vd. Anexo Documental
[7] MADAHÍL, António Gomes da Rocha, Milenário de Aveiro – Colectânea de Documentos Históricos, vol. I (959-1516), p.28; ANTT, Livro de D. João Teotónio, de Santa Cruz de Coimbra, f.38.
[8] Doc.2 – Vd. Anexo Documental
[9] ADPRT, Livro das doações do Real Mosteiro de Santo Agostinho da Serra, 1743, f.19-19v9
[10] “Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico”. Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: livros Horizonte, 2005, p.207-208.
[11] Doc.5 – Vd. Anexo Documental; ADPRT/MON/CVSASVNG/001/0015 ,Tombo das Aradas, 1570-1764.
[12] GOMES, João Augusto Marques, O Districto de Aveiro, p. 104; Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. XXXV, p.56
[13] AMORIM, Inês, Aveiro e a sua Provedoria no séc. XVIII (1690-1814), -estudo económico de um espaço histórico, M.E. P. e Administração do Território, C.C.R.C., Lisboa, 1997.
[14] Com as alterações do posicionamento da Barra de Aveiro provocado pela movimentação das areias do cordão lagunar irá conduzir, desde a segunda metade do século XVII até ao fim do XVIII,
[15] ADPRT/MON/CVSASVNG/001/0013, Fundo do Convento de Santo Agostinho da Serra de Vila Nova de Gaia, Tombo das Aradas nº13, 1729-1730, f.100. D. Francisco de Almada
[16] ADPRT/MON/CVSASVNG/001/0013, Fundo do Convento de Santo Agostinho da Serra de Vila Nova de Gaia, Tombo das Aradas nº13, 1729-1730, f.111v. D. Francisco Caetano Cabral Moura e Horta foi proprietário da Quinta do Casal, sobranceira da demolida Matriz de Aradas, Hoje Complexo Industrial da Extrusal e parte do extinto complexo da Empresa de Lacticínios de Aveiro. Vd. 3.4. Capela de Nossa Senhora da Assumpção da Quinta do Casal.
[17] Terras de ração eram todas aquelas que não eram compreendidas nas demarcações dos aforamentos, na sua maior parte incapazes de trabalho imediato, podendo ser matos, pântanos ou areais, mas susceptíveis de cultivo, sobre os quais se lança uma ração.
[18] Sobre esta documentação ver para Aradas, Verdemilho, Bonsucesso e Quinta do Picado, ADAVR, Fundo de Notariado de Aradas, Fundo de Notariado de Ílhavo, Fundo de Notariado de Aveiro.
[19] Livro nº 1 dos Autos do tombo de Aveiro (Cópia de alvarás, privilégios e padrões do Mosteiro de Jesus, desde 1466, com reconhecimento da azenha do Buragal, propriedades em Aradas e marinhas. Este Tombo é reconhecido pelo Dr. Faustino Xavier de Bastos Monteiro, sendo Prioresa Arcângela Maria do Baptista, assim como o Tombo da Igreja de Fermelã, padroado do Convento de Jesus em 1740 e muitos outros do Cartório do Convento de Jesus de Aveiro.

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